quarta-feira, 7 de abril de 2010

Segredo e descoberta

Há tempos ganhei de uma pessoa amada um item de valor inestimável: um travesseiro que sussurra. Nos dias que se passam me pego atravessando por uma fase que é tradicional (em outras palavras “um clichê”) de todo jovem que se preze... Já ouvi diversas de suas histórias, mas na noite de ontem discutimos, de certa forma, constituímos uma guerra de travesseiro literal. A chamada “crise existencial”. Ao longo do debate, tal qual uma criança que se recusa a ouvir minhas justificativas, ele tampou-me os ouvidos. Nada drástico, apresso em informar, apenas um momento de interrogações, retóricas pessoais e argumentos. E, ao invés de me ninar, transbordou-me dúvidas e questionamentos. Mas, também, de certa desilusão por tantas decisões frustradas (ou não).

Possuindo respostas para algumas, me mantive calado, não mais por não poder falar, mas por preferência. Entretanto, como que um oásis em meio ao deserto que atravesso, um acontecimento me trouxe esperança. Como se eu tivesse um perfume dentro de um frasco tampado e, mesmo desejoso de que os outros sentissem esse aroma, mantivesse-o fechado. Algo que não esperava nesse momento, muito menos com tais adendos. Ficaria aliviado se essa situação (a omissão) me fosse desconhecida. Meu lado realista, em defesa de meu ego, não me deixa criar expectativas. Não passaria de mais um devaneio, mas é essa uma prática constante no meu modus vivendi. Com intuito de evitar frustrações, as quais tanto temo. É-me de maior interesse permitir que os terceiros tirem suas conclusões a frisar minha opinião. Pés no chão. Pudera eu compreender os limites onde minha omissão respeita a interpretação alheia e desrespeita minha integridade/imagem. Porém, é como se me fosse aberta uma porta e atravessando ela descubro um mundo de possibilidades, mas só vai depender de mim ficar no hall ou adentrar na casa inteira.

Se a fantasia é necessária ou ansiada, fantasio-me do que sou e tal qual um filme “cult”. Ademais, uma coisa me foi permitido aprender: Nada se frustrou; tudo que escolhi cumpriu exatamente o seu propósito, que é fazer de mim o que sou aqui e agora, me colocando exatamente onde devo estar. Não me importo em mostrar o que querem ver, mas sim o que sou, de forma integral e honesta. E em meio a tantas confusões e divagações, eu só peço uma coisa... Que meus pés no chão não me impeçam, mas me impulsionem a alçar voo.

5 comentários:

Bruno Germano disse...

Mais uma vez parabéns!

E mais um vez, quem é Mili??
Abraços

BernaGermano disse...

Muito bom !!!
Começando o meu Voo...

Sabrina disse...

Ficou mto gostosinho! Parabéns aos dois mais uma vez!

"Não me importo em mostrar o que querem ver, mas sim o que sou, de forma integral e honesta"

Beijos, fiquem com Deus e se cuidem!

Eva vc me paga disse...

Poxa vida, os textos aqui são sempre bons, fora que retratam muitas vezes o que as pessoas na nossa idade pensam, sentem, passam etc.
Obrigada pelo carinho lá no blog, e pode me considerar uma fã.

Beijinhos
Rachel

Jacky Bia disse...

Bom...pra variar eu n entendo nunca o verdaeiro sentido do q ta escrito aqui..aushausha..mas sempre volto e tento entender! auhuahsa..Aliás...ja q o coments ali em cima n sabe quem eh a Mili, eu q pergunto....Quem eh o Piva? ausahsuhasuau...